quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ciúmes

Ciúme é "a reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade."

Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, a pessoa que sente ciúmes - sujeito ativo do ciúme -, a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito analítico do ciúme - e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - o que faz criar tumulto.

Esse sentimento apresenta caráter instintivo e natural, sendo também marcado pelo medo, real ou irreal, vergonha de se perder o amor da pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro e/ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão.

A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo não resolvido; entre os quatro e seis anos de idade, a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo e simultaneamente tem ciúmes dele pela atração que ele exerce sobre o outro membro do casal; já na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranóia.

Nesse tipo de paranóia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam a liberdade deste.

Algumas teorias consideram que os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da auto-estima e da valorização da auto-imagem. Porém várias teorias criticam a visão psicanalítica tradicional.

Outros casos mais leves podem ser tratados através da ajuda do parceiro, estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.


Conjunto de emoções

Ciúme é uma reação complexa porque envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos:

  • Emoções - dor, raiva, tristeza, inveja,medo, depressão e humilhação;

  • Pensamentos – ressentimento, culpa comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
  • Reações físicas – taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
  • Comportamentos - questionamento constante busca frenética de confirmações e ações agressivas, mesmo violentas.

Ciúme como mero sentimento

O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como o tédio e a raiva. Nós sempre vivenciamos este sentimento em algum momento da vida, diferem apenas suas razões e as emoções que sentimos. Como todo sentimento, tem seu lado positivo e seu lado negativo.

O lado positivo: protege o amor

Nos relacionamentos onde os sentimentos de ciúme são moderados e ocasionais, ele lembra ao casal que um não deve considerar o outro como definitivamente conquistado. Pode encorajar casais a fazer com que se apreciem mutuamente e façam um esforço consciente para assegurar que o parceiro se sinta valorizado.

Ciúme potencializa as emoções, fazendo o amor se sentir mais forte e o sexo mais apaixonado. Em doses pequenas e manejáveis, ciúme pode ser um estímulo positivo num relacionamento. Mas quando é intenso ou irracional, a história é bem diferente.


O lado negativo: prejudica o amor

Às vezes sentimentos de ciúme podem ficar desproporcionais. Por exemplo, quando um homem provoca uma cena embaraçosa numa festa porque sua mulher aceita um convite para dançar com um velho amigo ou quando uma mulher é tomada de ciúmes excessivos pelo fato de o marido ter uma mulher como chefe no trabalho.

Este tipo de reação pode afetar gravemente uma relação, levando o outro parceiro a sentir-se constantemente pisando em ovos para evitar uma crise de ciúme. O parceiro ciumento, muitas vezes ciente de seu problema, oscila entre sentimentos de culpa e auto-justificação.


Ciúme patológico

O ciúme patológico é visto pela psiquiatria como uma espécie de paranóia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e pelo temor imaginário de a pessoa estar sendo vítima de conspiração). Para o ciumento, a fronteira entre imaginação, fantasia, crença e certeza se torna vaga e imprecisa, as dúvidas podem se transformar em idéias supervalorizadas ou delirantes.

Quem sente ciúme a esse nível tem a compulsão de verificar constantemente as suas dúvidas, a ponto de se dedicar exclusivamente a invadir a privacidade e tolher a liberdade do parceiro: abre correspondências, bisbilhota o computador, ouve telefonemas, examina bolsos, chega a seguir o parceiro ou contrata alguém para fazê-lo. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida, até o intensifica.

A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade um traço marcante de timidez e sentimentos de insegurança, problemas que costumam ter raízes na infância. Nesse caso, o tratamento passa por aplicação de técnicas de psicoterapia para melhorar a confiança do paciente em si mesmo. O processo deve envolver sua família, pois o apoio no lar é imprescindível nesses casos. Reduzido o sentimento de insegurança, é esperado que diminua a aflição do ciúme. Só quem confia em si mesmo pode confiar em outros, de modo que parece lógico começar o tratamento pelo fortalecimento da autoconfiança.

Não menos importante é atacar os sintomas físicos que o ciúme patológico provoca. O desequilíbrio no sistema nervoso aumenta o nível de adrenalina, interfere na dinâmica dos neurotransmissores e está na origem de muitas doenças psicossomáticas. Por isso, é fundamental apurar as causas desses sintomas e gastar a energia negativa em atividades como os exercícios físicos, meditação e trabalho que traga gratificação.

Ciúmes: O Psicólogo Thiago de Almeida responde

domingo, 31 de outubro de 2010

Não bata. Eduque!


A Campanha Nacional Não Bata, Eduque – uma campanha a favor dos direitos das crianças e contra os castigos físicos e humilhantes integra uma estratégia de transformação social e mudança de atitude por meio da promoção de um amplo debate sobre a utilização dos castigos físicos e humilhantes contra crianças e adolescentes visando contribuir para a erradicação da sua prática de modo a reconhecer as crianças e adolescentes como sujeito de direitos.

Tem como objetivo desenvolver ações de mobilização social com o objetivo de promover uma reflexão sobre o uso dos castigos físicos e humilhantes, conscientizando a sociedade sobre os direitos das crianças de terem sua dignidade e integridade física respeitadas por meio de uma educação livre dos castigos físicos e humilhantes e baseada em estratégias disciplinares positivas.

Para atingir este objetivo a Campanha trabalha a partir de um enfoque positivo e não culpabilizador dos pais, ou seja, reconhecendo que a educação dos filhos é uma tarefa difícil e complexa para a qual os pais precisam de apoio no reconhecimento de formas educativas que não utilizam a violência física e psicológica e que promovem o desenvolvimento físico, emocional e social dos filhos de forma saudável e participativa.

O Projeto de Lei n. 2654/2003 de autoria da Deputada Federal Maria do Rosário (PT/RS) propõe a punição para castigos físicos moderados ou imoderados em crianças e adolescentes. O projeto encontra defensores e críticos ardorosos porque esbarra num tema complicado.

Quase todas as pessoas tem filhos e os criam, bem ou mal. Não há pré condição para ser pai e mãe, com a responsabilidade imensa de criar uma pequena e indefesa criança e ajudá-la a transformar-se num ser humano pleno, seguro e inserido na sociedade. A tarefa é árdua, mas qualquer um pode assumi-la. Não é preciso nenhuma carteira especial, como a de habilitação, frequentar qualquer curso regular ou diploma. A grosso modo, basta fazer o filho que, com ajuda da natureza, ele nasce. E depois que nasce, seja o filho desejado ou não, nos impõe desafios e questiona nossas determinações. Muitas vezes não nos conformamos com a insubordinação e sobra para mais fraco.

A criança vítima de castigos físicos é um personagem tão recorrente no nosso cotidiano, que em algum momento a sociedade resolveu que o Estado precisa parar os pais que agridem antes que uma nova geração de espancados cresça e continue passando o mal adiante. A quem pense que é absurdo um pai ser levado a refletir, através de apoio psicológico, sobre o abuso que é a violência contra crianças, fica a ponderação: Quando um adulto agride moderada ou imoderadamente um outro adulto o assunto pode acabar na polícia, não pode? Então por que as crianças não podem também ter direito à tutela do Estado no que diz respeito a sua integridade física e moral? Por que ele é "meu filho e tem que me obedecer" não vale como resposta.

Educar é mesmo muito, muito difícil e muitas vezes somos adultos assustados diante da possibilidade de termos filhos mal educados ou problemáticos. Outras tantas vezes somos apenas pessoas frustradas em nossas vidas pessoais e precisamos despejar a ira sobre alguém que seja mais fraco e tenha que "obedecer". É estranho imaginar que nossos filhos possam precisar de proteção contra nós mesmos. Mas acontece.

A substituição de práticas violentas, como tapas, chineladas, surras, palmada, gritos e xingamentos, por práticas não violentas como o diálogo e a negociação, favorecerão a construção de uma sociedade democrática onde os valores, a ética, a disciplina, a civilidade e a busca de resolução de conflitos de forma pacífica serão privilegiadas.

Além dos transtornos físicos as crianças sofrem também os transtornos psicológicos, vão desde aversão ao contato físico, apatia ou avidez afetiva até baixa auto-estima, queda no desempenho escolar, choro fácil sem motivo aparente, comportamento autodestrutivo, regressivo e submisso. A criança pode desenvolver uma conduta agressiva, irritada, desenhar ou participar de brincadeiras que sugerem violência, de sentirem fadiga, transtorno do sono ou da alimentação. Além disso, podem ter episódios de medo e pânico, fugas, mentiras, furto, isolamento e depressão e até tentativa de suicídio.

As conseqüências são muito sérias e graves, principalmente a de ensinar aos pequenos que quando o diálogo não resolve, a violência funciona. Uma conseqüência direta do uso do castigo físico é o aprendizado, por parte da criança, de que a violência é uma maneira plausível e aceitável de se solucionar conflitos e diferenças.

Como os pais podem dar limites aos filhos sem bater?

Um exemplo são as estratégias da disciplina positiva, que supõe que a criança deseja se comportar bem, mas precisa de ajuda para entender como fazer isso. Ela funciona com base no princípio de que as crianças aprendem mais por meio da cooperação e da recompensa do que por meio de conflitos e castigos. E também gera a idéia de que quando a criança se sente bem, ela tende a se comportar bem e quando se sente mal, tende a se comportar mal.

Uma das coisas mais importantes para evitar ou diminuir os conflitos dentro de casa é conhecer as fases do desenvolvimento de uma criança, bem como suas características, limitações e os cuidados necessários em cada uma delas. Muitas vezes, por desconhecer essas etapas, os adultos acabam esperando que a criança entenda ou faça alguma coisa que ainda não está preparada ou mesmo entendam que ela ainda não é capaz de algo que já é.

Os limites devem ser claros, objetivos, justos e coerentes e precisam ser estabelecidos com as crianças de maneira firme e amorosa. Dar limites não significa apenas proibir ou impedir, mas definir claramente até onde ela pode e deve ir. Os adultos que dão os limites devem estar de acordo entre si, porque a criança não entende quando o pai permite uma coisa e a mãe, não. É também estabelecer regras básicas de convívio entre a família. Uma opção é estabelecer um “contrato” com as pessoas da família, o que é uma das condições necessárias para que todos se sintam integrados. Essa estratégia também faz com que a criança se sinta parte de um todo, criando uma co-responsabilidade familiar, fortalecendo assim sua segurança, sua autonomia e sua auto-estima.

Não bata. Eduque!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

TERAPIA DO ABRAÇO



Com freqüência saudamos, damos a mão cordialmente, ou nos despedimos com um beijo ritual, porém raramente experimentamos "o abraço".

Só com muita afetividade, com muito amor pelo ser vivente pode-se conseguir um mundo melhor, mais humano e fraterno.

Abrace sempre alguém diariamente. Seus filhos, seus pais, ou seus amigos, conhecidos, vizinhos, colegas. Tem sempre alguém necessitando um abraço. Um abraço irradia energia, calor e amor. Um abraço transmite um sentimento que muitas palavras não conseguem expressar. Não perca a oportunidade de demonstrar seu afeto, amizade, gratidão. Muitas experiências mostraram que o toque humano pode desencadear alterações fisiológicas que podem ser medidas naquele que toca e em quem é tocado. Entre outras coisas alivia a dor, pode estimular a vontade de viver dos pacientes, tem um efeito extraordinário em bebês que nasceram prematuros e também no desenvolvimento da linguagem e inteligência das crianças


CAMPANHA DO ABRAÇO

Saiba o quanto um abraço é importante...
Precisamos de quatro abraços por dia para sobreviver...
Precisamos de oito abraços por dia para nos manter...
Precisamos de doze abraços por dia para crescer...
ABRAÇAR, é saudável, ajuda o sistema imunológico.
Cura a depressão, reduz o stress, induz o sono, é revigorante.
Rejuvenesce, não tem efeitos colaterais indesejáveis,
E é nada menos, que um remédio milagroso.
ABRAÇAR, é totalmente natural.
É orgânico, naturalmente doce,
Não contém conservantes, não contém ingredientes artificiais,
É 100% integral e não engorda.
ABRAÇAR, é praticamente perfeito.
Não parte imóveis, não tem baterias que acabam,
Não necessita de catchup periódicos,
Requer consumo de energia,
Não exige seguro, não exige prestações;
Não poluente e é claro completamente retornáveis
O amor através do abraço cura as pessoas - tanto as que o dão como as que o recebem.
Você tem um minuto para um abraço?

(Karl Menninger)


Dicas Terapêuticas

Você acha que a beleza externa da pele, cabelos, unhas é suficiente para o seu bem estar e evolução pessoal?
Pois, lembre-se que tudo se inicia no campo emocional, qualquer doença ou má estar físico, psíquico ou emocional começa na essência do seu coração. Todos necessitamos de toque físico e amor. Você já abraçou alguém hoje? Já foi abraçado por alguém? Portanto, vai aqui a nossa dica do dia:
Adote a prática saudável do abraço. Abrace sempre. Abrace muito. Toque mais as pessoas.
O toque físico não é apenas agradável. Ele é necessário! A pesquisa científica respalda a teoria de que a estimulação pelo toque á absolutamente necessária para o nosso bem estar físico e emocional.
A terapia do abraço pode tornar mais saudável quem já é saudável, mais feliz quem já é feliz e fazer com que a pessoa mais segura dentre nós se sinta ainda mais segura.
Precisamos derrubar as barreiras culturais e emocionais que nos impedem de sentir os saudáveis benefícios do toque físico e do abraço.
O abraço cura a solidão e reergue as pessoas emocionalmente machucadas.
A maior força do universo é a força do amor, única força realmente capaz de transformar o nosso planeta em um local melhor para se viver.

Texto de Sílvia Lúcia Tarifa


A Terapia do abraço


O simples ato de abraçar diminui a pressão sanguínea, o batimento cardíaco e o nível de hormônios ligados ao stress. Por isso, abraço significa saúde. Segundo estudo da Universidade da Carolina do Norte (EUA), o contato físico, pode aumentar a longevidade. Sugere ainda, que uma relação forte e duradoura pode proteger contra futuras doenças cardiovasculares e fazer bem para a saúde em geral. “Os níveis de cortisol e de norepinefrina, hormônios do stress, são reduzidos após um abraço. Além do nível de oxitocina, um importante hormônio ligado à fidelidade, aumenta”, afirma a psiquiatra Karen Grewen.


Carinho

A afetividade aumenta e traz bem-estar, efeito da ação do hormônio que gera um impulso e um desejo de cuidar. Kathleen Keating, autora do livro A Terapia do Abraço, diz que a sociedade está sofrendo de solidão. “A tecnologia moderna é importante, mas todo ser humano precisa de carinho físico”. E afirma que as pessoas não admitem que precisam de carinho, pois isso é sinal de fraqueza e dependência, principalmente para os homens. “Existe algo poderoso em nossos braços, mãos e dedos que faz alguém se sentir amado e cuidado com um simples abraço”.


"A Terapia do Abraço não é apenas para os solitários ou para pessoas emocionalmente machucadas. A Terapia do Abraço pode tornar mais saudável quem já é saudável, mais feliz quem já é feliz, e fazer com que a pessoa mais segura entre nós se sinta ainda mais segura."


Kathleen Keating, Livro "A Terapia do Abraço"




Vai um abraço aí?





sexta-feira, 27 de agosto de 2010

27 DE AGOSTO DIA DO PSICÓLOGO




Uma visão comportamental das coisas:

O psicólogo não adoece, somatiza;
O psicólogo não transa, libera libido;
O psicólogo não estuda, sublima;
O psicólogo não dá vexame, surta;
O psicólogo não esquece, abstrai;
O psicólogo não fofoca, transfere;
O psicólogo não tem idéia, tem insight;
O psicólogo não resolve problemas, fecha gestalt;
O psicólogo não muda de interesse, altera figura-fundo;
O psicólogo não se engana, tem ato falho;
O psicólogo não fala, verbaliza;
O psicólogo não conversa, pontua;
O psicólogo não responde, devolve a pergunta;
O psicólogo não desabafa, tem catarse;
O psicólogo não é indiscreto, é espontâneo;
O psicólogo não dá palpite, oferece alternativa;
O psicólogo não fica triste, sofre angústia;
O psicólogo não acha, intui;
O psicólogo não faz frescura, regride;
O psicólogo não mente, resignifica;
O psicólogo não paquera, estabelece vínculo;
O Psicólogo não elogia, reforça
O Psicólogo não fica de mal, põe em extinção
O Psicólogo não troca as bolas, generaliza
O Psicólogo não dá toque, discrimina
O Psicólogo não puxa orelha, pune
O Psicólogo não dá exemplo, faz modelação
O Psicólogo não é sincero, é assertivo
O Psicólogo não seduz, faz aproximações sucessivas
O Psicólogo não surpreende, libera reforço interminente
O Psicólogo não finge, faz ensaio comportamental
O Psicólogo não sente, emite comportamentos encobertos
O Psicólogo não perde medo, dessensibiliza
O Psicólogo não fica a perigo, sofre privação
O Psicólogo não é bacana, é reforçador
O Psicólogo não muda de vida, opera no ambiente
O Psicólogo não pega no pé, libera reforço contínuo
O Psicólogo não tem um medo, tem fobia.
O psicólogo não é gente, é estado de espírito!!!


"Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo."
Galileu Galilei


sábado, 31 de julho de 2010

TPM

O que é a TPM?

A TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social.

A tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central.

Sensação de que o mundo vai acabar antes da menstruação... É isso que a maioria das mulheres que tem TPM sente.

Também chamada de Síndrome disfórica pré-menstrual, ou carinhosamente TPM, atinge aproximadamente 75% das mulheres. No entanto, apenas 8% das mulheres têm sintomas muito intensos.

Características e sintomas da TPM

Durante o período que antecede a menstruação, a mulher pode sentir alguns desconfortos que caracterizam a tensão pré-menstrual (a famosa TPM), tais como:

• depressão, sentimento de desesperança, pensamento autodepreciativo;
• vontade de chorar, fraqueza afetiva, tristeza repentina, sentimento de rejeição;
• fome em excesso ou falta de apetite;
• distúrbios do sono;
• inchaços, sensibilidade mamária;
• agressividade, irritabilidade, aumento dos conflitos interpessoais;
• ansiedade, tensão, nervosismo, excitação;
• dor de cabeça, dores musculares;
• acne;

• diminuição do interesse pelas atividades habituais;

• sensação de dificuldade de concentração;

• cansaço, fadiga fácil, falta de energia;

• sensação de estar fora do próprio controle;


No entanto, para ser considerada doença, e, portanto, sujeita a tratamento, é importante que esses sintomas de fato interfiram nas atividades habituais da mulher e que ocorram na fase pré-menstrual, e não em todo o ciclo.

Causas da TPM

Muitas hipóteses têm sido feitas a respeito das causas dessa doença, mas, atualmente, o que parece prevalecer é que sejam influências hormonais normais do ciclo menstrual que interfiram no sistema nervoso central.

Parece haver íntima relação entre os hormônios sexuais femininos, as endorfinas (substâncias naturais ligadas à sensação de prazer) e os neurotransmissores, tais como a serotonina.
É importante ressaltar que essa síndrome acompanha a menstruação normal da mulher.

Como aliviar a TPM

• realize atividades que proporcionem bem-estar, como passear no parque;

• faça uma atividade física. Pode ser uma caminhada ao ar livre, andar de bicicleta, nadar ou jogar tênis. Isso ajuda a reduzir a tensão e a melhorar a autoestima;
• evite agendar compromissos importantes para os dias que antecedem a sua menstruação;
• procure se arrumar, mesmo que você não vá sair de casa, isso também ajuda a elevar a sua autoestima;
• afaste os pensamentos negativos, seja otimista e mentalize coisas boas;
• procure fazer uma alimentação balanceada com verduras, frutas e legumes;
• diminua o sal, ele ajuda a desencadear os inchaços, pois contribui na retenção de líquidos.

Não existe um tratamento específico e definitivo.O passo inicial é a compreensão dos sintomas por parte da mulher e seus familiares, pois a TPM é uma patologia endócrino ginecológica de causa não definida e não da "cabeça da mulher".

Pode-se recorrer a terapias alternativas como massoterapia, florais, acupuntura, aromaterapia e cromoterapia.

É importante ressaltar que a TPM é uma ocorrência comum na vida da mulher. Mas a partir do momento que começa a existir uma alteração importante na qualidade de vida por este motivo, deve-se procurar ajuda médica especializada.